1º Encontro de Voluntários de 2014

SOLIDARIEDADE: um passo em direção ao outro!
Iniciando plenamente o nosso ano na Casa Convívio, fomos todos
convidados para o I Encontro de Voluntários de 2014, encontro que
sempre nos revigora, nos irmana e nos lança com mais entusiasmo e
determinação à missão que o próprio Deus nos confiou.

Continuando a iluminar a proposta que abraçamos e vivemos intensamente
em 2013 - a Cultura do Encontro – tomamos um de seus caminhos, que nos levará, sem medo de errarmos, a uma vivência mais ousada, mais consciente daquele convite que o Papa Francisco nos fez quando esteve entre nós: "Vai, sem medo, SERVIR o irmão que precisa".
E isto é SOLIDARIEDADE!

SOLIDARIEDADE: uma palavra que, sobretudo em nossos dias, incomoda e
que muitas vezes é camuflada por atitudes e ações que buscam retorno
pessoal. Novamente o Papa Francisco: "Solidariedade não é uma esmola
social". Não é uma ação à distância, sem envolvimento pessoal. Quando nos lançamos no dinamismo da solidariedade, somos também envolvidos por ela. Isto provoca uma mudança real para melhor, naquele que é
solidário. Vivemos esta experiência, mas queremos intensificá-la.

Portanto, o tema do nosso encontro foi:
SOLIDARIEDADE: UM PASSO EM DIREÇÃO AO OUTRO!

Reflexões que nos levaram a questionar nossas próprias ações, e a palestra apresentada por D. Alano Maria Pena, Arcebispo Emérito de Niterói, que nos honrou com sua presença e suas sábias palavras, fizeram dessa manhã um momento especial de amadurecimento e de aprendizado.

Momentos assim nos fortalecem, e sentimo-nos fortes quando somos capazes de dar um passo que seja, mas de mãos dadas com tantos que alimentam o mesmo ideal; certamente não seremos assim tão fortes se dermos mil passos sozinhos.


D. Alano Maria Pena

Regina Rosa, palestra.

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A HISTORIA DE UMA SEMENTE QUE ...NASCEU!


Tão pequenina era a semente, que ao ser lançada à terra que o semeador fizera fértil, não fez barulho, não chamou a atenção, não quis espectadores. Por isso mesmo, se torna até difícil precisar o momento da semeadura e a morte silenciosa da sementinha que deveria, ao dar a vida morrendo, dar mais vida nascendo e crescendo sob o olhar cuidadoso e carinhoso do semeador.
Durante o seu tempo de gestação no seio da mãe terra, a nossa sementinha sonhou:
“Um dia romperei a camada de terra que me aninha, me protege e me faz sentir a vida explodindo em mim. Serei bela! Serei grande!
      Mas a voz do jardineiro me dizia que eu nunca seria uma grande árvore: 
- ‘Você abrigará os passarinhos em seus ramos. Claro que você não é chamada a abrigar águias e falcões. Mas serão os pequeninos pardais, as rolinhas, os tico-ticos, sempre os pequenos e menores que irão ao seu encontro. Acolha a todos! Você perceberá que nasceu para eles! Pois aquele que quiser ser grande, deve se fazer pequeno; aquele que quiser ser o maior, seja o menor! Se você permanecer fiel a essa sua vocação, aos poucos não se sentirá única, mas de você nascerão cem por um, graças a sua vida para fora, para os outros. Essa é a única lei, que resume todas as outras. Liberta-nos, cria laços fraternos, respeita a dignidade de cada um, dá clareza ao olhar, equilíbrio no sentir, permite ao coração ver a essência da própria vida: é a lei do amor!’
      A principio, isso parecia diminuir-me diante das outras árvores, minhas irmãs mais velhas... Admirava a elegância das palmeiras que são vistas por todos à distância... a fortaleza dos carvalhos, a majestade dos flamboyants. Mas, eu... não passava de uma hortaliça...
 Entretanto, mesmo pequena, eu sabia que seria capaz de marcar e fazer história se me desse por inteira ao sol, à chuva, aos homens e não ficasse amarrada egoisticamente a mim mesma, para não vir a ser comida pelos pássaros...
Nesse momento, um vento forte arrancou-me de meu berço cômodo, e fui levada a conhecer o mundo dos homens. Quanto contraste, meu Deus, no mundo dos homens! Admirei a sua inteligência capaz de criar coisas incríveis, mas também vi tristeza, miséria e pobreza! Meu coração de frágil semente quase não agüentou quando descobri o sofrimento no mundo dos homens. Como o homem, que nasceu para amar e ser feliz, pode provocar e conviver com a infelicidade de tantos irmãos seus? Diante dos poderosos, dos grandes, da força e do poder, o que podem os pequenos e frágeis como eu?
     Voltei triste para o meu canteiro. Reuni mais sementes irmãs e conversamos muito. Então ouvimos o que nos dizia o nosso jardineiro:
     - ‘Vocês não estão sozinhas. Eu estarei sempre com vocês!’
     Com isso sentimo-nos fortes. Pequenas, mas unidas e fortes! Podíamos cantar para os homens um canto novo que o nosso jardineiro nos havia ensinado, e que falava de perdão, justiça, igualdade, fraternidade, respeito, amor, paz, transformação, humildade, serviço, generosidade, vida nova!”

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